like the life of the field =)

sábado, 9 de agosto de 2008

Essência Primordial


Sinto essa melodia que recorda a ferida, hoje cicatrizada
Surge de uma alma despida
Sem rumo, sem estrela que a oriente
Apenas uma vontade ardente, cadente
Esperando pelo amanhacer
Com esperança de voltar a crer
De novo súbito acentuar de um ritmo desejado
relembrando um passado julgava eu apagado
Avivando o presente carente
Ansiando um futuro dormente
A musica sopra reavivando a chama
Que emerge desse palco onde o mestre diz que a ama
Ela perdura, insiste em dar à luz
Mostrar que a essência da vida se encontra em corpos nus
Onde o calor invade secretamente
E não cessa de conquistar perdidamente
E o lume entrega-se ao tempo sonhado
E o sol derrete o destino murmurado
Amor é laço que nos une
Refúgio que me torna imune
Essa lua de prazer junta a mim
Um amanhã encontrei, não larguei e não lhe encontro o fim
Ser imaginado que completa a minha realidade
Digno de perfeição, pura verdade ou ficção
Tarde! para ascender esta fatalidade
Que atravessa passo a passo a longa eternidade

Contemplação enigmática


A onda surge de um mar misterioso
Espelho do espaço infinito grandioso
Lá no alto, iluminado, um farol solitário
Reflecte nas profundezas das águas um brilho solidário
Eleva-se uma estrela da imensidão
Uma das cinco pontas reflecte o sentido da perfeição
E nos teus olhos encontro a predilecta perdição
Se um dia, o mundo eu vislumbrasse com tais esferas
O momento seria um só, quebrávamos as eras
Absorvo a luz incógnita com naturalidade
Parte de mim incorpora tranquilidade
Deixa-me ao menos mergulhar na franqueza do teu rosto
Possuir o supremo essencial, esse encosto
Hipnotiza-me com ternura, sinal inconfundível
Criar raízes no máximo absoluto imprevisível
Desejo com impulso suave renascer
E no mais profundo azul adormecer

quinta-feira, 13 de março de 2008

Pura Inocência


É comparada a um véu preto
Esconde a face onde se lê que nada é perfeito
Trava a luz do dia
A dura realidade vadia
Por breves palavras acabo sufocada
A minha alma arrasada, pesada sente-se cansada
Sinto-me vil e exausta pela desilusão
Aquilo em que acreditei desaparece em vão
Consciência que invade a minha noite sombria
Música do passado que conquista uma mente vazia
Tento perceber onde reside o amor
Exigo uma explicação para o mal andar à solta
Desejo afastar o pavor, aquele que se fez de mim companheiro, o ardor
Procuro o sossego, esse que quero de volta
Afogo-me neste profundo abismo
Um sopro puramente contínuo, que imploro neste surrealismo
Nasce um novo ser em mim
Mistério selvagem com crueldade sem fim
São essas feridas intensas de que tanto me falavas
Era dessa verdade de que me ocultavas
Da qual tanto me afastavas
Agora sim pai, percebo a história da estrela sem asas!