like the life of the field =)

quarta-feira, 15 de julho de 2009

(DES)ILUSÃO

Acorda repentinamente a vontade de assistir ao mundo de olhos cerrados
Porque tropeçamos na pedra que já se encontrava lá há bastante tempo
Novidade? Nenhuma…
Nada que não reconheçamos por experiência passada
Mas insiste…
Magoa
Persiste
Sustenta o abandono…
E não hesita a rasgar a pele se for necessário
Recordar que somos humanos, que falhamos, que por vezes parecemos bestas selvagens
Que nem sempre o que compusemos anteriormente nos satisfaz
Rio com sarcasmo perante frases a modos da Alice no país das maravilhas
Não arrisquemos a enganar quem já está enganado
É mais forte do que todas as forças concentradas numa só
Não podemos fugir à lei fatal da ilusão
Reticências de incógnita voltam ao de cima
Mas daqui a uns dias voltarão a ser extintas
Pois hoje não choro, hoje afogo-me perante as tuas lágrimas.
(...)
APETECE ME CHORAR TÃO SÓ COMO O VENTO POSSO?



NADA MAIS :(

sexta-feira, 10 de julho de 2009

As Memorias não se apagam...não qd elas sao preciosas...


Primeira noite! Nem imaginam a minha ansiedade! Saber que um ano repleto de momentos incríveis e deslumbrantes, experiências sentidas e únicas, e muita coisinha para aprender… Sentir o meu próprio espaço, a minha casa, uma nova vida então! Independência, palavra que finalmente me apronto a descobrir…penso no dia de amanha que esta quase a chegar. E já se faz tarde…mas estamos ou não estamos na universidade? Vida de universitário é para ser vivida em condições.
Um pequeno receio se faz sentir pois já perdi uma semana de aulas, logo a primeira semaninha de praxes…ah caloira! Onde todos contactam pela primeira vez uns com os outros, e eu? Perdi isso tudo! A minha entrada para a faculdade digamos que foi muito agitada, fora do normal como sempre. Dia 14 saíram os resultados das colocações na net…estava ansiosa por saber se tinha ficado mesmo onde realmente o desejara: Enfermagem em Viseu…mas azar vi que tinha ficado em Bragança! Mas como tal pode acontecer se eu nunca mas nunca pus em nenhuma das minhas opções Bragança? Fiz reclamação, pelos vistos foi erro informático da direcção geral do ensino superior. Tive três semanas à espera de uma resposta, uma das quais já tinham iniciado as aulas. Foram momentos difíceis. Mas vá lá que esta sexta feira acabei por receber uma carta registada em meu nome através da qual podia aceder a minha transferência de matricula de Bragança para Viseu. E hoje, finalmente estou aqui e felizmente também por muita vontade minha! E agora me despeço pois amanha o dia vai ser longo, longo será, mas em grande se passara!





(...)






depois dum ano académico...

momentos

lágrimas

sorrisos

histórias


amizades

CALOIRO


Recepção ao caloiro pela Viriatuna



Praxes




Dia da Ambiguidade Sexual

Praxe Suja - Lama

Semana do Caloiro

Latada

Baptismo
Encontros - Amizades
Aqueles Jantares


Semana Académica
Desfile Aacadémico

Serenata

Padrinhos Presentes

Do início até ao fim
Viriatuna



Tudo mudou
Tudo sentido

Tudo vivido




Especial Obrigado a Todos os Responsáveis por estes Momentos

domingo, 5 de julho de 2009

ASSUNTO DIGERIDO!!!


Estávamos nos derradeiros dias de Verão, estação quente, mas já o frio apoderava-se das minhas noites. Convidou-me para ir jantar. Eu, não querendo mostrar-me demasiadamente acessível recusei, contudo com um sorriso e uma palavra afável persuadiu-me e eu aceitei.
Na noite do jantar deslumbrava que nem um Gentleman, aparentava habilidade e bom gosto. Arrastou a cadeira para eu me sentar e estendeu um sorriso desvendando seus dentes gastos, mas ao qual eu não transmitia importância. A mesa tinha boa aparência, repleta de diversos requintes de luxo, as flores eram coloridas mas estavam um pouco ressequidas. Uma noite misteriosa se aprontava.


De repente pegou na minha mão, num impulso sobressaltei discretamente, senti meus joelhos a vacilar, olhei nos teus olhos e rapidamente os baixei sentindo tua mão se afastar abruptamente num gesto nervoso quando surgiu o garçon. Da mesma forma que me convidou, facilmente me convenceu, com suas ágeis palavras, que eu pedisse o mesmo prato que o seu.
Fiquei ligeiramente embriagada pelo vinho seco e perfumado que ele mandara vir. Ria-me, ele sorria deixando-me levar pelo êxtase. Serviram-nos caça

Eu comi para te agradar, não tencionava ser inconveniente ou despropositada e pensei que ficarias satisfeito por eu gostar, não te queria desapontar. Pouco a pouco constatei um desleixar no teu comportamento, aquelas boas maneiras que adoptavas tinham sumido, no entanto engraçava com o teu jeito de mastigar de boca aberta. O pouco de molho que sobejava do teu prato saltou para o meu vestido, vi aparecer uma grande nódoa que se alastrava e teimava em não sair. Parecia o Rei Leão na selva, após devorar a sua presa…Lambia-se todo!


Apercebi-me do seu divertimento, escondeu-me a metade do recheio da sua ementa! A sobremesa em vez de doce tornou-se amarga, mas era tarde demais. Estava congestionada…revirei os olhos, era tudo indistinto, sombrio, era o meu corpo a cair…entrei em coma! Neste sono pesado e desconfortável sonhei que estava a provar o amor. Fechei os olhos, senti o odor, saboreei o aroma, suavemente mastiguei, engoli, não impedi que minha língua lambesse os restos que perduravam nos meus lábios. Que saciedade, tudo ficou enjoativo, não aguentei… vomitei! Deitei tudo cá para fora. E num instante, o alivio…sentia-me leve…finalmente respirava e…acordei.


Hoje vivo cheia de forças, pronta para desejar ao próximo BOM APETITE! E a conta!? A conta que a pague ele! E agora em prosa lidero:


Declaro este assunto oficialmente digerido
Pelas raízes esquecidas de um amor enterrado!

ANSEIO POR UMA ERA GLACIAR...


O ar…elemento da minha vida, com o qual nada nem ninguém sobreviveria. Torno-me dependente mas não é de qualquer forma uma dependência desagradável, muito menos nociva! Não falo apenas na necessidade do oxigénio para podermos respirar, tarefa desempenhada pelos nossos pulmões. Não falo apenas na constante urgência de alimentar as nossas células. Falo-vos do elemento ar, aquele que não se deve respirar para viver, mas aquele que vale a pena viver para respirar. Gosto do ar como gosto do tempo, ilumina a minha mente, purifica a minha alma…o tempo cura qualquer mágoa, mas o ar é seu braço direito!


Mas o ambiente desta casa está a ficar pesado, não consigo respirar a plenos pulmões, uma corda amarra-os solenemente e meu coração morre asfixiado. A minha alma aprisiona-se dentro do meu corpo quando deveria revelar-se a outras tantas. A chama arde, percorre as minhas veias e corrói todas as paredes. O meu sopro é carregado de abandono.


Esta forma incompreensível de deterioração interior, esta forma incasável de combater contra a própria derrota aterroriza a minha mente que já sozinha é suficientemente complexa.
Tenciono voar alto, bem alto, atravessar as nuvens, sentir o frio, arrefecer e quem sabe gelar o motor que bombardeia o sangue onde a raiva ferve.


Todas as dores, todos os anseios, todas as preocupações seriam gelo desaparecido em forma de água que ao menos serviria para regar um novo jardim. Onde poderia semear a felicidade, plantar amizade, cultivar sabedoria e ver, principalmente o amor crescer!

ALVORADA!!!


Com seus olhos carentes, o pecado espreita
Num passo agressivo e precipitado
Espalha a tentação, fruto de uma seita
A chuva cai como ferro oxidado.
Num balanço trémulo e embriagado
Abraço-me ao tronco fortemente
Nossas sombras se dissolvem numa só
Num sonho realista e impertinente
Se exaltam o coração e a razão em dó.
Sou mero quadro onde disputam em duelo
E assim acorda da terra a realidade
Espetando a sinceridade no peito da ficção

A teu lado sou vento que se apodera do Olimpo
Num gesto subtil sopro aos teus ouvidos
E a tua seiva ferve
És arrepio que me percorre até às raízes.


Primeira luz do dia
Uma linha assídua e fiel
Alumia o grão de areia opaco
Cada feixe é uma palavra distinta
Pronunciada por todas as línguas universais
E essa faísca emanada da tua íris
Percorre cada traço meu
Afeiçoando à nossa volta
Uma bola de sabão cristalina
Leves nos juntamos às nuvens espumantes
Numa serenidade impetuosa
Numa total devoção individualista
O cosmos gira à nossa procura
No silêncio de uma alvorada
Somos água e fogo que se completam
E numa boleia inesperada
Apanho as folhas que caíram
Desvio as nuvens que se instalaram
E saboreio o prazer natural da paixão
Como o sol abraça a natureza
Eu me entrego a cada pedaço teu
Qual amanha? Temos o dia inteiro para viver!