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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Cobardia do Zorro


Cobardia. É apenas aquilo que a maior parte deles demonstram. Esses poltrões. Medrosos. Traiçoeiros. Opressões pervertidas. Cambada de fingidos. Insolentes. Até que nem são grande entusiasmo estético. Mas patenteiam um sorriso malicioso. Vagueiam pelas noites obscuras como as raposas. E ofuscam os demais com aquele olhar negro e misterioso. Basta retirar aquela máscara de cetim, que o Zorro é logo desvendado. Encontram-se exactamente no local certo, à hora certa, mostrando aos vulneráveis a sua lealdade à justiça. Enamoram as suas vítimas num perfume de rosas. Mas quando o sol nasce, partem e nunca dão a meia volta. Chicoteiam qualquer rasto do acontecimento nas suas memórias. Aliciantes. Por incentivar a fazer parte de uma lenda. Provocadores. Por incutir o sopro do amanhecer. Sedutores por cultivar a curiosidade alheia. Cobardes por obrigarem ao coração a dar a volta completa sem o acompanhar.

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