like the life of the field =)

domingo, 1 de agosto de 2010

I FESTIVAL MEDA +
























Mais um dia decorrido, em que tenho pairado por aí, a tentar engendrar o programa das minhas férias. Volto ao mesmo. Uma série de coisas por fazer, uma série de ideias a colocar em prática. Detenho um pensamento demasiado altivo, o que faz com que nunca fique satisfeita com aquilo que tenho. Quero sempre mais e mais. E por vezes acham que eu sou egoísta lol Nestas alturas, quando tenho mais tempo para consagrar ao meu pequeno ser, a minha vontade de escrevinhar é reavivada. Dou por mim com um blog abandonado à mercê do acumular das chegadas a casa após um longo dia de trabalho no hospital. Tentando refugiar-me da tensão de casa e das reprimendas dos meus queridos progenitores, recordo os momentos que passei à pouco tempo relatando-os para me relembrar que de vez em quando até sou feliz :P

Conclui o estágio no dia 15 de Julho, no qual sucedeu na Escola Superior de Saúde de Viseu o Arraial à Enfermeiro. O meu primeiro arraial, pois no ano passado fui para casa enfiar a cabeça nos livros. Enfim, uma musiquinha pimba, um porco no espeto, um caldo verde, gente muito sorridente, inclusive os nossos caros professores, e muita cerveja à mistura. Desde já, quero dar os meu parabéns à associação de estudantes embora, e peço desculpa, após 15 dias já passados. Mais uma ida ao NB, mais uma noite de demência para acumular às outras tantas que já existiram.

Dia seguinte, 1º levante, bastante mal tolerado (vos garanto) pois, o sono era bastante e as horas eram arrepiantes. Cedinho lá fui para a Meda, mais dois outros sujeitos que tal como eu, de sanidade mental pouca ou nada têm. Chegados ao destino começamos a aproveitar o nosso primeiro dia de férias e também do I Festival Meda +. Biquínis vestidos e toalha ao ombro, demos o nosso primeiro mergulho do ano numa piscina incrivelmente gelada. Estou a mentir. A parte do “gelada” está correcta, mas não foi o nosso primeiro mergulho. Apeteceu-me escrevê-lo apenas porque ficava bem. Eu já notifiquei, não sofremos nenhum TCE mas também não somos completamente normais. Após um banhinho de sol, e já famintos, fomos jantar com estranhos medenses que passaram a tornar-se conhecidos após cada golada de vinho branco. Já com a barriguinha cheia fomos raptadas até ao largo de santa cruz onde se desenrolou o show de bandas de rock convidadas para o festival. E como grão a grão a galinha enche o papo, fizemos questão de encher o nosso com as bolhinhas da rica cevada. Nada melhor do que realizar a digestão após uma corrida com o touro. Mas como este teimava em não sair do mesmo lugar, eu e a dita cuja companheira siamesa fizemos questão de pegar no touro pelos cornos e amansá-lo. Mas quem acabou por amansar quem, foi o touro a nós. (como já seria de esperar). Para não ferir susceptibilidades não vou pronunciar nomes para ninguém ser identificado pois, a seguinte frase descreve um momento bastante humilhante para nós. A que se encontrava atrás trazia as calças no fundo do “pacote”, como diria a Katyzinha do youtube revoltada com as all-stars, e a outra mostrava a roupa interior superior por repuxão da primeira. Coitadinhas de nós, ninguém à nossa volta se pronunciava para não nos estragar aquele belo momento onde parecíamos as crianças mais felizes do mundo (HAVERÃO DE CONFIRMAR DEPOIS DE VER AS FOTOS ACIMA ANEXADAS). Após esta cena deprimente, já quase por chamamento divino, e visto como uma oportunidade de confessar os nossos pecados, fomos interpeladas pelos padres da meda. Tenho a dizer que o serviço católico desta terra é bastante eficiente. Deram-nos o licor da salvação. E mais as galinhas encheram o papo com as bolhinhas da cevada. Não posso afirmar que tenha sido uma noite rica em cultura musical pois perdemos mais de metade das actuações, não sei bem a fazer o que, mas talvez a semear mais algumas bolhinhas de cevada à nossa volta. Como o campo de batalha já tinha sido varrido, as donzelas foram reencaminhadas pela escrava Isaura até ao quartel. Tenho a dizer que a primeira tenda que encontrei, foi a primeira onde aterrei. Por sorte era a minha. O tempo de tirar as calças, de me enfiar no saco de cama da escrava Isaura, que naquela noite dormiu sem ele, foi só pedir à dita cuja companheira siamesa para fechar a tenda, pois as forças já estavam esgotadas. Que noite tranquila. Nem os grilos se ouviram. Já as dores de costas e de pescoço ao acordar é que não eram nada tranquilas. Mal acordei, abri a tenda e deu-me uma enorme vontade de comer sopa. Mas nada a fazer. O meu desejo não foi concedido nem satisfeito.

2ºdia do festival. 2º dia de piscina. 2º dia de burrice. Eu e a dita cuja companheira siamesa passamos a manhã a torrar ao sol. Como as horas de sono eram poucas, adormecemos. Ok tudo bem. Quando acordamos é que já não estava tudo bem. Eu, personagem principal desta história, mártir, piedosa, que na noite anterior rasgou as calças no rabo, (e eram as únicas que eu trazia), eu, afortunada e azarada que nunca apanhou um escaldão na sua vida, tive direito a um grandessíssimo escaldão que me valeu por estes 20 anos passados. 2º dia de burrice, 2ª noite de cama com febre, ameaçada em ser cateterizada para colocar soro em curso, e ensopada em creme after-sun. Que noite tranquila. Nem os grilos se ouviram…

3º dia do festival: “O ressucitar dos mortos”. Que manhã tão agradável. Já as minhas pernas não latejavam do calor. Tenho a dizer que dormir uma noite numa boa cama pôs-me logo muito bem-disposta. E para embelezar a coisa, nada melhor que um almoço harmonioso em família na casa dos papás da escrava Isaura, ou então, da Isaurinha como a dita cuja companheira siamesa o gostava de tratar. Após um molho bem picante que me fez beber litros de água, fomos até à piscina. De novo. Acompanhadas pela caga-lamechas, outra companheira sem sanidade mental. Desta vez não me apanharam. De calções de pijama da mãezinha da Isaurinha, de camisola de manga comprida do irmãozinho da Isaurinha, e camadas de protector solar da Isaurinha, lá fomos nós. De novo. Tenho a dizer que nunca me soube tão bem permanecer uma tarde inteira na piscina…À SOMBRA!

Nem imaginam o meu enorme prazer ao ter de vestir aquele meu traje grandioso pelo qual tanto lutei, preto, com uma saia enorme preta, uma capa enorme preta, e mais outras tantas coisas que já nem me atrevo a pronunciar. Mas que são pretas também. Actuámos, nós Viriatuna, à tarde, no dito campo de batalha profanado. Até tocamos a bela serenata, que seria mesmo bela se não me tivesse esquecido completamente de como a tocar no bandolim. Fora todas estas calamidades, o bom e o melhor de todo este festival não querendo ser despropositada para a organização deste, foi a oferta que nos deram. Mas que dádiva do céu. Finalmente as minhas preces da 2ª noite foram ouvidas. Finos de borla toda a tarde e pela noite fora. Imaginam mais uma 3ª noite de folia mas já sem o touro. Não me vou prolongar mais nesta história. Nem vou dizer quantas bolhinhas de cevada nós semeamos. Nem digo quantos passos dei para ir ter com pessoas estranhas que passaram a ser conhecidas. Mas que no outro dia voltaram a ser estranhas. Nem vale a pena referir os conselhos musicais que eu, personagem principal desta história mais a sua dita cuja companheira siamesa, demos a um grupo que actuou. Como se nós percebêssemos muito do assunto. E mais pormenores não conto. E esses, não os conto mesmo. =D

4ºdia do festival: “o regresso”. Uma viagem inteirinha até Viseu a dormir. Para chegar a casa e fazer as malas. Pegar no carro e conduzir até Moimenta da Beira, ou melhor, Arcozelo da Torre.

E Pronto. Agora a sério. Gostaria de agradecer aos meus colegas de equipa desta aventura. À minha dita cuja companheira siamesa que se revelou uma grande amiga. E raios a partam (para não dizer outra coisa), pois temos tanto em comum. Que nunca me largou….a não ser por outros finos. (Obrigada Salomé). Também quero agradecer ao meu mais que tudo, à minha escrava Isaura, à minha Isaurinha, ao meu mano de sempre, pela hospitalidade, por tudo o que fez, pelo que tem feito e por se ter preocupado tanto connosco. Que venham mais momentos destes que façam com que a nossa amizade seja cada vez mais forte. (Obrigado Branco). Ah! E aos pais dele e ao irmão também. São uma família espectacular e muito queridos. Estima-os bem! Quero agradecer também à Sara que foi impecável. Que nos deixou tomar banho em casa dela :P Que nos deu de comer xD E de beber também. Gostei muito de partilhar estes dias contigo. E gostei de te conhecer um pouco melhor. E pronto, a todo o resto do pessoal que esteve e que não esteve. Aos estranhos que passaram a ser conhecidos. Às pessoas que me ofereceram finos. E aos que me fizeram rir. Os meus parabéns a toda a organização deste festival. É de enaltecer estes eventos, pois iniciativas destas poucos tomam. Sem querer pôr ninguém de parte (pois também não me lembro dos nomes todos), um beijinho para o Fox e para o André. Até à segunda edição do festival meda +.





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